quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Tomo 1

Notava-se uma movimentação, uma súbita inquietude, pessoas saindo de todos os cantos. Na rua ia se agrupando moleques, então donas de casas, eventualmente o carteiro que passasse. E quando o aglomerado de pessoas tomava forma, vinha o barbeiro para completar o tumulto. Os moleques mais próximos, assim como algumas donas, riam e cochichavam, as mulheres como que vexadas, e os moleques como que presenciando um acontecimento inusitado. O carteiro, assim como o barbeiro, mantinha a cara séria, a postura, talvez pra esconder a vergonha, e davam um riso de canto de lábio, de falsa indignação. Entre os sorrisos destacava-se uma dona de mais idade, aposentada, a mais quieta, com a cara fechada e metida consigo. Esta talvez pensasse nos antigos amores, ou no atual no marido. De qualquer forma, a sua própria maneira, todos observavam, com estranha curiosidade, os cachorros cruzando, e não os atrapalhavam, já que os cães não hesitavam com a multidão. Por fim o macho sai de cima da fêmea, e segue seu rumo, assim como cada um da roda, que se desfaz.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Barbárie ou Progresso?

Formigas promíscuas,
ou tudo,
de batalhas à poesias,
no chão etéreo são tijolos,
concreto e martelo.

Como o finado da avenida 3,
que ia ao trabalho.
Um dia comum.

"Carpe diem!"
Na vida há sempre um ônibus azul.